quarta-feira, 2 de março de 2011

Quando a rua vira casa

Margens do Gualdaquivir
Nossa, como faz tempo que eu não escrevo aqui. Um mês, quase?! Tsc tsc, que isso não se repita! Nesse meio tempo muita coisa aconteceu, e pelo último post deu pra perceber que as coisas mudaram por aqui. De muitas formas na verdade. Das pessoas queridas e dos amigos mais especiais que fiz aqui, muitos terminarem sua jornada e voltaram pro Reino Encantado do Brasil, deixando os que ficaram com uma ambígua sensação de vazio, sem saber o que nos vai passar nesses próximos meses de reta final de Espanha. Ambuiguidade é o que falta nos nossos coraçõezinhos por agora.. ok, vou falar só por mim. O ano tardou mas virou, o segundo cuatrimestre finalmente começou e eu não sei se prevalesce a impressão de que o tempo tá passando e que um dia de fato eu vou voltar pra casa, ou se, pensando nisso, dar-me conta de que ainda faltam alguns bons meses. Serão cruciais. Vão definir os rumos da arquitetura que eu vou seguir no Brasil, os demais lugares dessa Europa que eu vou conhecer, as amizades que eu vou manter, seja aqui ou seja lá. 

Voltando à Sevilla, tenho que contar sobre duas coisas importantes que me aconteceram nesses ultimo mês. A primeira foi mudar de apartamento. Pois é, alguns meses depois de enfrentar transito pra ir e voltar da faculdade eu me dei conta de que tinha a faca e o queijo na mão pela primeira vez na vida pra mudar uma circutância estrutural que me incomodava, assim que, passada uma saga pela busca de um novo piso, consegui o que queria: ficar perto da faculdade, dos amigos, dos festejos e do rio. De quebra ainda caiu nas minhas mãos um quarto melhor, um ape mais legal e duas novas companheiras de piso italianas que são uns amores. 

A outra coisa foi viajar pra Viena pela segunda vez. Decidi ir porque janeiro foi um mes muito duro em Sevilla, com todo mundo estudando pros exames e o frio apertando, a saudade da família bateu forte e eu fui correndo pra casa da minha prima e passei logo todas as férias de inverno lá. Posso dizer que me apaixonei: Viena é depois de Sevilla a cidade mais legal que eu conheci aqui (afetos à parte! haha) e foi uma delícia poder conhecê-la melhor. Passei os dias ensolarados que fizeram por lá (pois é, a neve pelo visto não gosta de mim) estudando a obra do Gustav Klimt, um pintor modernista incomparável e do Coop Himmelb(l)au, um estúidio de arquitetura contemporanea. visitei museus fora do circuito turistico, comi bem, patinei no gelo numa pista que é quase uma mini-cidade, e de quebra ainda tive a oportunidade de reascender uma paixão: na casa da minha prima tem um piano!!!!! Nossa, como a música me faz falta..

Enfim voltem à Sevilla, renovada, pronta pra fase de adaptação ao novo piso e às despedidas dos amigos que voltaram pro Brasil. Fomos abeçoados com uma onda de calor que tomou conta da cidade no meio do inverno e lotou as orillas (margens) do Guadalquivir.
Hoje eu vou pras Ilhas Canárias, curtir um carnaval que dizerm assemelhar-se ao Brasil (a conferir) e ver o mar. Aaahhh, o mar! Até mais, gente! :D

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